Virando o Jogo
Entenda a diferença entre jogo responsável e jogo problemático
Jogo responsável
Jogo responsável é o conjunto de políticas e práticas que visam a prevenção e a redução do risco potencial associado ao jogo, a fim de promover:
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Proteção ao consumidor;
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Conscientização dos riscos e educação para a natureza lúdica do jogo;
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Acesso à informação e suporte para jogadores com problema e seus familiares;
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Jogos e ambientes sem elementos estruturais que facilitem a perda de controle;
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Comunicação clara e publicidade ética;
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Regulação para proteção dos vulneráveis;
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Prevenção do crime e promoção da legalidade e responsabilidade fiscal.
Além disso, as medidas de jogo responsável incluem atenção especial aos clientes vulneráveis, como é o caso dos menores de idade, já que o jogo é proibido para menores de 18 anos no Brasil; proteção contra comportamentos fraudulentos e criminosos ao garantir a privacidade das informações; ambiente operacional seguro e confiável, remoto ou on-line; promover experiências de jogo justas, éticas e responsáveis, visando o compromisso com a satisfação do apostador.
Ao promover práticas de jogo responsável, podemos ajudar a reduzir a probabilidade dos problemas com jogo.
Se você joga de modo responsável, tem a noção de quanto tempo e dinheiro serão despendidos com essa atividade. E, perdendo ou ganhando, sabe o momento de parar, sem prejudicar suas finanças e relações pessoais, familiares ou profissionais.
O jogo responsável envolve algumas atitudes:
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Não beber durante o jogo. O álcool afeta a sua capacidade de tomar decisões conscientes sobre suas apostas.
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Evitar um tempo prolongado de exposição ao jogo. Jogar por várias horas, privando-se inclusive de sono, também influi na tomada de decisões.
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Não comprometer mais do que 5% do orçamento em jogos. Uma conta simples: a cada 20 reais que você ganha, apenas 1 real deve ser gasto com o jogo.
Jogo problemático
O jogo se torna um problema quando deixa de ser meramente recreativo e passa a fazer parte de sua vida de maneira recorrente, tornando-se uma dependência. Assim, a expectativa gerada pela aposta leva o jogador a ter uma sensação de euforia e prazer. Ao mesmo tempo, ele começa a acreditar na impossibilidade de derrota, pensando apenas em resultados positivos e na existência de uma boa chance de ganhar o melhor prêmio. Quando perde, o jogador dependente costuma voltar às casas de apostas para tentar recuperar o seu dinheiro, acreditando que terá mais sorte da próxima vez.
O jogador não percebe que a aposta está ligada a fatores como a causalidade e a aleatoriedade, prejudicando assim a sua vida pessoal, relacional, financeira, educacional e profissional. A pessoa que joga em demasia pode sentir um misto de emoções: percebe que está causando sofrimento àqueles que ama, mas a vontade de jogar é mais forte, não conseguindo resistir e sucumbindo ao jogo. Muitas vezes, não aceita que nunca recuperará o dinheiro e o tempo investido. Também não tolera críticas de amigos e familiares e, por isso, pode esconder o real problema e continua a alimentar a esperança de que conseguirá resolvê-lo por conta própria.
Na medicina, problemas com o jogo são considerados dependências, assim como aqueles transtornos causados pelo uso de substâncias psicoativas. Pesquisas recentes demonstraram que os jogos de azar atuam em nosso cérebro da mesma maneira que o álcool ou as drogas, estimulando a atividade nervosa e dando, mesmo que momentaneamente, a sensação de prazer. E, para ter a mesma sensação, o jogador precisa jogar cada vez mais e apostar valores mais altos.
Exemplo:
Joaquim foi ao bar após o expediente e apostou 10 reais em uma máquina, depois de tomar umas cervejas com os amigos. Ficou por meia hora jogando e, quando acabou seu dinheiro, voltou para casa.
Na semana seguinte, voltou ao bar e novamente colocou 10 reais na máquina, porém ganhou 20 reais logo ao iniciar o jogo. Pediu uma cerveja para tomar e só se levantou quando era meia noite, depois de ter gasto 100 reais, tentando recuperar os 10 investidos inicialmente.
No dia seguinte, Joaquim recebeu seu vale, no valor de 500 reais, e foi ao bar desafiar aquela mesma máquina, que lhe tomou os 100 reais. Sentou-se às 18 horas e de lá levantou arrasado, 10 horas mais tarde, depois de receber seguidos telefonemas da esposa. Ele acabou perdendo todo o vale e voltou embriagado para casa para enfrentar a discussão com Maria, a sua esposa.
Você se identificou?
Você percebeu que possui comportamentos semelhantes aos de um “jogador problemático”?
A boa notícia é que há a possibilidade de tratamento, baseado na mudança de hábitos e na aquisição de novas estratégias para lidar com questões que o estão incomodando.
Você pode começar participando do Programa Virando o Jogo: um serviço gratuito, que vai ajudá-lo a perceber suas dificuldades e, ao mesmo tempo, motivá-lo a jogar menos.
Suporte online não-assistido, programado por nossos especialistas do Pro-AMJO, para apostadores em busca de autoavaliação, orientações para tomada de decisões e mudanças de comportamento.
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